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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Doenças - Calopsitas

O que será visto a seguir está relacionado à importância de atitudes preventivas e a informação de algumas doenças que a calopsita pode ser acometida, para que você possa estar preparado em saber lidar com as situações do dia a dia, e dessa forma poder proporcionar uma melhor qualidade de vida. 
Orientamos a você cuidado com textos e informativos que trazem indicações de medicamentos para o trato de doenças de uma forma em geral, pois seu uso indevido pode trazer problemas para seu pássaro.
Procure sempre a orientação de um veterinário!
 

VIAS DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
 
  • contaminação da gema no oviducto da fêmea já na ovulação,
  • penetração dos agentes pela casca do ovo, no ninho,
  • gaiolas,  ninhos,  poleiros, potes, enfim objetos contaminados,
  • ingestão de ovos de galinha contaminados/mal cozidos,
  • fezes, urina, secreções, pele, gotículas respiratórias,etc,
  • ingestão de água ou alimentos contaminados/deteriorados,
  • ratos, moscas, insetos, aves silvestres livres próximos ao local do viveiro/gaiola (pombas, pardais, rolinhas, etc),
  • de ave doente para ave sadia através do ar, fezes, etc.


O QUE É PEITO SECO ?
Peito seco é um termo indevidamente usado para dizer que uma ave está doente.  Na verdade "peito seco" é a consequência de uma debilidade física da ave, significa que a ave está magra, em especial na região do peito, que é o que fica mais evidente, aparecendo a quilha (osso central do peito), já em adiantado estado de enfraquecimento. 
As causas são variadas,  podendo ser decorrentes de uma simples intoxicação ou de alguma doença, que leva a ave a comer e a beber menos, fazendo com que o organismo consuma as reservas de gordura corporal para mantê-la viva, daí o estado de magreza. 
Muitas doenças podem causar o estado de magreza, como parasitose, coccidiose (a coccidia é um parasita unicelular -- protozoário --, que pode se multiplicar rapidamente no intestino da ave, mais informações a respeito, leia na seção DOENÇAS), problemas no bico (a ave não consegue comer, apesar de ficar o dia inteiro no pote de comida), infecções crônicas (entre elas a clamidiose e a pneumonia sub-clínica), até estresse crônico, porque a ave está sempre com medo de comer e come somente o mínimo necessário. Isso é comum quando juntamos uma ave nova no bando de aves antigas e as outras não deixam a nova comer.

A ave deve ser levada com urgência a um veterinário especializado em aves, para que seja identificada causa, e a ave prontamente medicada.



estado de magreza (quilha proeminente)     












quilha proeminente (ave morta)




Para avaliar a condição corporal:

     * Apalpar o contorno do músculo peitoral
     * Observe/sinta o grau de proeminência óssea da quilha 
     * Observe/sinta a musculatura lateral ao longo da quilha, bem como a região do pescoço e coxas. 


         


 
Cortes transversais do músculo peitoral esterno, onde :
(a) quilha ou osso esterno
(b) musculatura peitoral
(c) o esterno

1) emagrecimento --> pouco músculo, sem gordura, contorno côncavo 
3) boa condição    --> contorno convexo, pouca gordura subcutânea
5) obeso                --> contorno estende além quilha, depósitos de gordura subcutânea

 
 


COMPORTAMENTO DE UMA AVE DOENTE

Muitas vezes para identificar que a ave está doente, um exame visual ajuda e muito.  Geralmente a ave fica quieta, com as peças eriçadas, a cabeça voltada para as costas em direção ao interior da asa, com os olhos fechados ou parcialmente fechados, mesmo durante o dia.  Pode ficar empoleirada, na posição sentada, ou no fundo da gaiola.

Pode estar acompanhado de movimentos excessivos da região peitoral, respiração com o bico aberto, e a cauda balançando.
 



 

ALGUMAS DOENÇAS QUE PODEM ACOMETER A CALOPSITA
 
 
O surgimento de doenças está relacionado à causas diversas, desde o ambiente em que a ave vive, até o manejo incorreto do criador.

Má nutrição, alimentos inadequados, uso indiscriminado de medicamentos, estresse, introdução de aves doentes, são apenas algumas dessas causas.
 
DIARRÉIAS E ENTERITES 

Este é um dos sintomas mais comuns. Tem causas variadas, mas o mais frequente é a proliferação de bactérias devido a um desequilíbrio nos intestinos. Por alguma razão as bactérias que povoam os intestinos das aves podem sofrer alterações nas suas proporções e algumas estirpes tornarem-se demasiado numerosas irritando as paredes intestinais. O mais comum será uma infecção por E. coli ou Salmonella sp. Estas estirpes existem geralmente no intestino e só se tornam patogénicas quando, por algum motivo (estresse, por exemplo), se desenvolvem anormalmente e aparecem noutras zonas do organismo.
Podemos prevenir isto evitando mudanças bruscas na dieta alimentar e fornecendo periodicamente probióticos que promovem o crescimento das populações benéficas de bactérias.

(endoparasitas)
 
VERMINOSES
 
O procedimento correto é fazer anualmente visita ao veterinário que irá coletar material para análise. Caso seja diagnosticado vermes, a ave será tratada com vermífugo adequado e com a dosagem correta, de acordo com o verme identificado.

 Não existe vermífugo que elimine todos os tipos de vermes.  Fala-se muito em Ivermectina, mas não é um vermífugo de amplo espectro no caso das aves.  As aves são mais acometidas por parasitas unicelulares e protozoários, como a coccidia e giardia, nos quais a ivermectina não tem nenhuma ação.  O Mebendazole tem um amplo espectro de ação, mas não afeta protozários.  O Febendazole elimina protozoários.  A Piperazina é bastante tóxica, quase não se usa em aves pequenas, só em casos em que o plantel está infestado por um verme no qual a Piperazina é a primeira escolha.

 E é muito importante no tratamento de uma verminose fazer a limpeza correta das gaiolas ou viveiros, para que o problema realmente acabe. De nada adianta vermifugar sempre se as aves voltam a contaminar-se logo depois.
 
Vermífugo não deve ser ministrado nas seguintes situações : ave em reprodução, debilitada, e em muda de penas (a muda atrapalha a resistência imunológica da ave, o vermífugo também, portanto, se o vermífugo for dado nessa mesma época, pode abrir uma porta de entrada para alguma infecção).  Também não devemos vermifugar ave antes dos cinco meses de vida, a menos que seja necessário, isto é, que tenha sido detectado algum verme no exame de fezes.



posssível enterite, ou um estágio mais avançado : lesão hepática
Sementes não digeridas, presentes nas fezes

 

(protozoários)
 
COCCIDIOSE

A coccidia é um parasita unicelular (protozoário) que pode se multiplicar rapidamente no intestino da ave. A ave geralmente tem muita fome, porque o parasita rouba boa parte dos nutrientes. Mas apesar da fome exagerada, ela vai emagrecendo, porque o parasita rouba tudo o que ela come.

Conforme a doença vai avançando, o parasita acaba destruindo as células intestinais, e o intestino nem absorve mais o que a ave come. Nessa fase costuma haver as alterações nas fezes. A ave vai emagrecendo tanto que perde a força, pára de voar, mal consegue comer, e é nesse estágio que a maioria das pessoas percebe que algo está errado.

Infelizmente, com o intestino terrivelmente comprometido, é difícil salvar a ave bichinho. Vale a pena ressaltar que a coccidiose não é considerada uma doença aguda, o curso mínimo é de duas semanas, sendo 3 meses de doença o mais comum.
 
Para quem tem mais aves no mesmo ambiente/plantel, o criador deve tratar todas sem exceção, pois a doença é extremamente contagiosa.  A coccidiose é tratada com sulfas, e como elas fazem parte de um grupo de antibióticos que mais causa resistência nas aves, deve-se ter todo o cuidado no seu uso durante o tratamento, que deve ser de 7 a 10 dias seguidos, sem intervalos, caso contrário, a resistência bacteriana dificultará a cura.
Existem 2 tipos de coccidio (eimeria e isopora) e são tratados com medicamentos diferentes, portanto, é importante identificar (através de exame de fezes) qual é para que o tratamento surta efeito.   
 

  
 
CLAMIDIOSE/PSITACOSE
A Clamidiose aviária --- também chamada de Psitacose (que vem do grego psitakkos, que significa papagaio) --- é uma doença causada por bactérias da espécie Chlamydophila Psittaci, distintas daquelas que são normalmente associadas à clamidiose em mamíferos.  Porém as cepas aviárias conseguem infectar humanos e outros mamíferos. 
A porta de entrada para o organismo é através do trato respiratório,  e o período de incubação em aves naturalmente infectadas varia de acordo com a virulência da cepa da C. Psitacci para o hospedeiro, o número de organismos inspirados ou ingeridos, a idade das aves, pois os mais jovens são os mais susceptíveis.  Portanto, o período de incubação pode ser de 3 dias até várias semanas, meses ou até anos. O agente pode ser identificado nas fezes até 10 dias antes do aparecimento clínico da doença. 
A transmissão da doença é direta, ou seja, de uma ave infectada para outra susceptível.  A C. psittaci é excretada nas fezes e urina e pelas secreções nasais e oculares, poeira das penas, etc. de forma intermitente, podendo ainda ser ativada por fatores estressantes (mudança de ambiente, superpopulação, muda de penas, ciclo reprodutivo, etc).  O microrganismo pode sobreviver por períodos longos em fezes e secreções secas. 
O diagnóstico dessa doença em pássaros pode ser problemático, pois existe a ocorrência de infecções persistentes em aves clinicamente saudáveis que não secretam o agente. 
A bactéria também pode ser transmitida no ninho, dos pais para os filhotes, através da regurgitação durante a alimentação ou ainda da contaminação no ninho com fezes infectadas. 
A difusão da doença é relativamente lenta e nem todas as aves dentro de um mesmo ambiente apresentam os sinais clínicos (são portadoras assintomáticas), tais como sintomas respiratórios, olho lacrimejante, diarréia apatia.

Sinais da doença

. letargia
. conjuntivite, sinusite e/ou espirros
. fezes amareladas ou verde vivo, verde limão
. penas eriçadas
. dificuldade em respirar
. perda de peso progressiva e desidratação
 
A doença tem cura se for diagnosticada e tratada rapidamente, entretanto, se a ave foi acometida severamente pela doença, será difícil haver recuperação. 
Importante ! Não se deve pensar que toda a conjuntivite, espirros e infecções das vias respiratórias significam que a ave esteja acometida da doença!  Portanto, nada de desesperos, de deduções, sem antes um laudo do Veterinário.

Como identificar a doença

Ave viva : através de exames laboratoriais (de fezes).  Um dos laboratórios que efetua esse exame é a www.unigen.com.br, basta solicitar o kit conservante diretamente no site da Unigen, no qual deve ser colocado o material coletado.  
 
Ave morta : através da necrópsia (coleta de material para exame).

Prevenção
 
O criador deve isolar as aves recém adquiridas por 30 a 45 dias (mesmo aves adquiridas de fonte confiável) ou com suspeitas da doença e realizar testes laboratoriais, praticar medicina preventiva, evitando que as aves saudáveis tenham contato com aves doentes ou possivelmente doentes, bem como a transferência de material de uma gaiola para outra, utilizar fundo de gaiola ou substrato adequado para sua manutenção, ventilação adequada para prevenir a permanência de aerossóis em suspensão. 
A limpeza do ambiente e dos equipamentos usados é importante para a prevenção da clamidiose, pois não existe vacinação eficaz contra o agente infeccioso, este é sensível à maioria dos detergentes e desinfetantes. 

Tratamento da ave
 
a) O tratamento da doença costuma ser feito à base de doxiciclina, pois apresente melhor absorção e é eliminada mais lentamente do que as outras tetraciclinas.   A doxiciclina deveria ser ministrada durante 45 dias ininterruptos, a princípio, duas vezes ao dia (uma dose a cada 12 horas), mas quando a ave é arisca ou o dono em muita dificuldade em administrar o antibiótico, pode ser dada uma dose dupla a cada 24 horas.  Outros procedimentos adicionais podem ser recomendados pelo veterinário. 
b) Ave doente deve ser mantida isolada em ambiente tranquilo e sob fonte de calor. Se havia outras aves no mesmo ambiente, essas aves irão precisar de igual tratamento, pois é uma doença altamente contagiosa entre as calopsitas. 
c) Gaiolas/viveiros devem ser muito bem higienizados periodicamente.
Clamidiose nos humanos

Sendo a Clamidiose uma zoonose, pode ser transmitida das aves ao ser humano, mas os casos são muito mais raros se comparados com a incidência da doença nas aves.  Apesar de que a infecção nos humanos não tem uma característica grave, é potencialmente perigosa para pessoas que estão doentes ou com baixa imunidade. Os sintomas são de um tipo de gripe com febre alta, dor de cabeça severa, calafrio, respiração curta, fadiga e debilidade generalizada. Um caso não tratado evolui para uma pneumonia atípica ou sinais neurológicos causados por meningite, além dos produtos tóxicos da lesão renal e hepática. Nos casos crônicos podem ser encontradas insuficiências cardiovasculares e tromboflebites. 
 
doença é adquirida pela inalação do microrganismo presente nas secreções ou fezes secas dos pássaros infectados.  Outras maneiras de transmissão incluem bicadas, contato boca-bico, manuseio de penas e tecidos infectados. Pássaros recém-adquiridos representam importante modo de infecção, pois a doença nesses animais pode ser induzida por situações de estresse, como fome, superlotação, transporte e maus tratos. 
O início geralmente é sintomas brandos, inespecíficos, lembrando infecção de vias aéreas superiores. Febre, tosse seca, cefaléia, calafrios, mialgia e hepatesplenomegalia ocorrem em mais da metade dos casos. Pode ocorrer o acometimento de vários órgãos, dentre eles o pulmão, trato gastrintestinal e sistema nervoso.O período de incubação varia entre 5 e 14 dias, mas períodos mais longos já foram confirmados e publicados. 
Tendo em vista que os sintomas são característicos também de outras doenças, qualquer pessoa que tenha sido exposto a uma ave, e que tenha um caso de febre prolongada, deve procurar o médico e alertar sobre o fato. 
O diagnóstico em seres humanos é feito por testes laboratoriais de sangue, entretanto, como demoram a ficar prontos, os profissionais de saúde geralmente iniciam o tratamento desde que os sintomas e o histórico do paciente remeta à clamidiose (pessoas que têm ou trabalham com aves). Estando a pessoa infectada, ela pode transmitir a doença à ave.

Sanando dúvidas mais frequentes
  • Mesmo que os resultados dos exames dêem negativo, ainda é possível que a ave esteja infectada, em virtude de a clamídia ser expelida nas fezes de forma intermitente, daí a necessidade, em alguns casos, do exame ser repetido.
  • O antibiótico não pode ser administrado na água, pois aves como a calopsita não costumam consumir quantidade de água suficiente para que resultasse na concentração necessária para combater a doença.
  • Os sintomas da doença são variáveis, dependendo de cada espécie de ave, e da ave em si, inclusive o ser humano responde diferentemente de uma pessoa para outra.  Isso pode ser atribuído às diferenças da susceptibilidade biológica de cada ser, a dosagem, ou a patogenicidade de diferentes cepas de clamídias.


CANDIDÍASE
A candida albicans é uma levedura (fungo) que faz parte do trato gastrointestinal das aves, mas fatores que venham a afetar negativamente a saúde da ave, como por exemplo, o uso de antibióticos, estresse, mudança de ambiente,  provocam a diminuição da imunidade da ave,  desequilibriando a flora intestinal.  Atinge mais os filhotes ou aves em crescimento que ainda não estão com seu sistema mune desenvolvido.
A candidíase pode causar infecções na boca, papo e ocasionalmente no resto do trato intestinal. Placas esbranquiçadas podem surgir no interior da boca, cujo fungo pode ser observado microscopicamente.  Geralmente, a ave passa a não se alimentar normalmente, e pode apresentar o comprometimento no esvaziamento do papo, ficando o alimento estagnado, e vomitar.  Com isso, a ave não ganha peso e fica debilitada.
A candidíase normalmente é fácil de ser tratada com medicamento oral.  Não é considerada uma doença altamente contagiosa, mesmo assim pode ser transmitida a outros filhotes que sejam alimentados com o mesmo instrumento.  Este tipo de infecção é mais comumente visto em calopsitas.
Formas de prevenção : alimentação saudável, ambiente limpo, evitar qualquer causa de estresse, e evitar contato com outros pássaros potencialmente doentes, instrumentos usados para alimentar filhote não devem ser usados em mais de um sem antes ser desinfectados.
Se a candidíase ocorre com o filhote ainda na fase de alimentação no bico, a nistatina pode ser adicionada à papinha industrializada.  Ou ser ministrada 2 gotas direto no bico, e limpando a cavidade interior do bico com um cotonete embebido de nistatina.


  
NEOPLASIA

imagens cedidas por Kely Fabiane 




desencadeado pelo corte errado das penas das asa 


 
Tumores podem ser malignos (canceroso) ou benignos e pode envolver algum órgão ou sistema.  Algumas espécies de aves, como por exemplo, os periquitos australianos,  papagaios da espécie amazona parecem ter mais predisposição.  Os periquitos mais velhos tem maior tendência a tumores de ovário, de testículo ou dos rins.
As aves podem ter todos os tumores descritos em humanos, mas o mais comum é o lipoma, uma neoplasia formada por células adiposas, ou seja, gordura.  São benignos, mas dependendo do local em que crescem, podem causar sérios problemas. 
O procedimento correto, em caso de neoformações, é realizar exames para saber qual tipo de tumor, no caso de um tumor maligno recomenda-se a sua retirada, se for benigno e não estiver atrapalhando, apenas controla-se o seu crescimento.A maior longevidade dos animais em cativeiro comparada aos selvagens, expondo-os a agentes infecciosos, deficiências nutricionais, bem como alterações genéticas, são fatores que predispõem às neoplasias.

Uma alimentação com baixo teor de gordura ajuda no controle.

Os fibromas são tumores encontrados nas asas e que precisam ser removidos cirurgicamente.  Em alguns casos, pode ser necessária a amputação da asa.  No caso acima, a causa foi o corte errado das penas das asas.

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